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Haddad diz que campanha de Bolsonaro pediu e recebeu 'dinheiro sujo' de empresários para mensagens no WhatsApp

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Por Eduardo Simões

SÃO PAULO (Reuters) - O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira que sua campanha sabia que havia 'dinheiro sujo' na campanha do candidato do PSL, Jair Bolsonaro, e que tem testemunhas que afirmam que o ex-capitão do Exército pediu pessoalmente que empresários financiassem o disparo em massa de mensagens pelo WhatsApp contra o petista.

Em entrevista coletiva, Haddad disse que eventuais investigações podem chegar à quantia de 'centenas de milhões de reais despejados ilegalmente' na campanha de Bolsonaro e fez um alerta de que o PT rastreará empresários que eventualmente estejam envolvidos no caso para que sejam responsabilizados criminalmente.

'Vamos mobilizar toda a legislação em vigor, nós entendemos isso como uma prática de crime continuado, portanto hoje esse crime está sendo cometido, talvez, venhamos a pedir prisões em flagrante ou preventivas para que tenhamos nos próximos dez dias alguma normalidade democrática depois da devastação que foi a última semana do primeiro turno', disse Haddad, visivelmente irritado, durante a entrevista.

'Nós calculamos em centenas de milhares de mensagens encaminhadas para os eleitores falsas, todas falsas, nenhuma verdadeira, para orientar o voto na direção do adversário, em qualquer lugar do mundo isso seria um escândalo de proporções avassaladoras poderia se dar até em cassação da candidatura com a chamada do terceiro colocado para disputar o segundo turno', afirmou.

Na edição desta quinta-feira, o jornal Folha de S. Paulo revela que empresários têm bancado a compra de distribuição de mensagens contra o PT por WhatsApp, em uma prática que se chama pacote de disparos em massa de mensagens, e estariam preparando uma ação para a próxima semana, antes do segundo turno.

Haddad disse que, independentemente do resultado do segundo turno da eleição, marcado para o dia 28 de outubro, irá 'até as últimas consequências' em busca de reparação para o que afirmou ser calúnia e difamação que sofreu e afirmou que a campanha do PT também irá recorrer à missão de observadores eleitorais da Organização dos Estados Americanos (OEA).

'Nós vamos levar ao conhecimento da Justiça todos os indícios, alguns que estão nos chegando agora de reuniões que ele... de viva voz pediu apoio via WhatsApp, ou seja, ele próprio em jantares com empresários fez um pedido para que a atuação fosse feita dessa maneira, de forma ilegal', disse o presidenciável petista.

'Evidentemente, no que me diz respeito, a luta pela minha dignidade extrapola o 28 de outubro, porque eu vou buscar reparação dos ataques que ele me fez via internet, porque ele patrocinou com dinheiro sujo uma campanha de difamação e isso não tem prazo para acabar, eu vou buscar reparação até as últimas consequências.'

O petista cobrou um posicionamento do WhatsApp e disse que, se a empresa, controlada pelo Facebook, tiver algum compromisso com valores, tomará providências.

“O WhatsApp pode ajudar, se quiser. O WhatsApp pode fingir que não é com ele, mas pode ajudar, se quiser. Se tiver compromisso com valores, se essa empresa tiver algum compromisso com valores, vai tomar providências em relação a matéria de hoje, e vai procurar evitar o que aconteceu em relação à última semana do primeiro turno”, afirmou.

Haddad também fez um alerta duro a empresários que eventualmente tenham financiado o envio em massa de mensagens ofensivas a ele pelo aplicativo.

“Eu estou prevenindo esses empresários, eles vão ser rastreados, nós vamos rastreá-los e, independentemente do resultado eleitoral. Nós vamos chegar à autoria deste crime. É um alerta que fica: parem o crime, parem de cometer crime. Isso é crime.”

Em mensagem no Twitter na tarde desta quinta-feira, Bolsonaro afirmou que apoio voluntário é 'algo que o PT desconhece e não aceita'.

'Sempre fizeram política comprando consciências. Um dos ex-filiados de seu partido de apoio, o PSOL, tentou nos assassinar. Somos a ameaça aos maiores corruptos da história do Brasil', escreveu.

O WhatsApp, por meio da assessoria de imprensa, informou que ainda não tem um posicionamento específico sobre esse caso.

(Com reportagem de Pedro Belo, reportagem adicional de Taís Haupt)

Escrito por Thomson Reuters

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